Único texto autobiográfico deixado por Patrícia Galvão, Autobiografia precoce é um relato emocionante sobre a vida de uma mulher forte, revolucionária e única. Com narração de Carolina Manica.
Escrito em 1940, após uma das 23 vezes que Pagu sai da prisão, Autobiografia precoce fala sobre a militância política, os filhos, os relacionamentos e várias outras camadas da vida de uma das mulheres mais emblemáticas do Brasil.
O texto mostra Pagu sem subterfúgios, de forma sincera e corajosa. Do lado pessoal, ela relata sua iniciação sexual precoce e o conturbado casamento com Oswald de Andrade; da vida pública, ela conta sobre a militância no Partido Comunista e o desencanto com o regime soviético.
Patrícia Galvão quase sempre foi vista pela lente masculina: seja por seus relacionamentos ou por como sua arte se comparava à de homens da época. Em Autobiografia precoce, não existem intermediários: temos acesso a uma Pagu que escreve sobre si. Um livro essencial para se compreender uma das personagens mais intrigantes da história brasileira.
Patrícia Galvão, a PAGU, nasceu em 1910 e faleceu em 1962. Uma das personagens mais famosas do século XX, ela foi ativista política e intelectual. Em 1933, publicou o primeiro romance proletário brasileiro, Parque indústria. Além de sua vasta produção jornalística, é também autora (junto com Geraldo Ferraz) de A famosa revista e dos contos policiais Safra macabra.