Teologia das encruzilhadas mostra até que ponto os modos de ser desempenhados pelas Pombagiras de Umbanda instauram uma teologia, ou seja, uma rede discursiva que forma um saber dotado de significação conceitual. Para tanto, o autor utilizou como recurso metodológico diversas entrevistas realizadas com Pombagiras ao longo de quatro anos de investigação. Desse modo, os discursos acenaram para a possibilidade de compreendê-los à luz de certa hermenêutica feminista e decolonial, uma vez que as falas e modos de ser pombagíricos acentuam a importância da promoção da liberdade, sobretudo das mulheres, em contexto colonial de opressão estrutural naturalizada. A significação teológica desses discursos e modos de ser está na lógica das encruzilhadas, comandada pelo Orixá Exú, com o qual se identificam as Pombagiras de Umbanda