Aos 25 anos, sem dinheiro, sem perspectivas e — como todo bom millennial — à procura de um emprego que lhe trouxesse propósito, Anna Wiener deixou o mercado editorial em Nova York para tentar a vida na fervilhante e promissora San Francisco.
No Vale do Silício, ela se viu em um mundo repleto de extravagâncias e empreendedores inexperientes que buscavam a todo custo poder, glória e, claro, progresso. Aos poucos, porém, um outro cenário, onde as startups passaram a ser vistas como empresas de vigilância, começava a tomar forma. Sob a justificativa da liberdade de expressão, os discursos de ódio ganhavam força nas redes sociais, e, de autoproclamada salvadora do mundo, a bolha da Costa Oeste se tornava uma ameaça à democracia.
Ao explicitar a tensão entre o antigo e o moderno, Vale da estranheza oferece um retrato tanto de uma experiência particular como da cultura imprudente da economia digital dos anos 2010, cujas consequências ainda estamos começando a entender.
"Joan Didion numa startup." — Rebecca Solnit
"Um registro definitivo de um mundo em transição." — Jia Tolentino
"Extraordinário. [...] A narração de Wiener é afiada e seca, as frases são precisas — perfeitas para deixar uma atmosfera constante de pavor emergir." — The New York Times
ANNA WIENER é colaboradora do site da New Yorker, onde escreve sobre tecnologia, startups e o Vale do Silício. Seus textos já foram publicados em veículos como The Atlantic, New York Magazine, Wired, The New Republic e n+1. Ela mora em San Francisco. Vale da estranheza é seu primeiro livro.