Ao ritmo do Harlem

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Depois de dois prémios Pulitzer, Colson Whitehead volta a colocar o dedo na grande ferida da América, construindo um romance desassombrado e mordaz sobre desigualdade e injustiça, que é também uma carta de amor ao bairro nova-iorquino do Harlem.

Plano Nacional de Leitura

Cultura e Sociedade - Literatura - Maiores de 18 anos

Ray Carney tem uma história semelhante à de várias outras do seu bairro. É vendedor de mobília, pai de família, homem pacato.

Pouca gente sabe que ele descende de uma linhagem de rufiões e que há várias pontas soltas no seu caminho.

Como o dinheiro nem sempre chega, Ray desenrasca-se com esquemas trapaceiros pouco recomendáveis, à boleia das atividades ilícitas do primo Freddie. Mas há um dia em que os planos dão para o torto e Ray cai numa teia de corrupção, crime e pornografia, a que não faltam polícias duvidosos e arruaceiros sem escrúpulos. Começa aqui a sua vida dupla e Ray vai percebendo melhor quem realmente puxa os cordelinhos.

Um mistério policial entrelaçado com a história de uma família comum, encenado no fervilhante Harlem dos anos 60, sobre o pano de fundo do movimento dos direitos civis, numa época histórica irrepetível, que mudaria para sempre o mundo.

Colson Whitehead – «mestre do romance», um dos mais premiados escritores da atualidade e voz literária fundamental na história da cultura negra – oferece-nos uma narrativa de crimes e castigos, episódios tragicómicos, pequenas vinganças e grandes disfarces.

Um impressionante romance sobre raça e poder, os temas fulcrais da obra deste escritor.

Os elogios da crítica:

«Whitehead oferece-nos aqui a sua magnífica eloquência, numa trama onde se enredam história urbana, estratificação racial, grandes esperanças e pequenos trafulhas.» — The New York Times

«O leitor é transportado para o centro do movimento dos direitos civis, numa época em que os tumultos no Harlem começaram a transformar a cena política. A partir daqui, Whitehead constrói um romance policial brilhante, capaz de se desdobrar ainda numa reflexão acerca da geografia negra.» — Financial Times

«Desenrolando-se a um ritmo veloz, revelador de arguta capacidade de análise e fino sentido de humor, este é um romance sobre raça, poder e a história do Harlem, sob a capa de um policial pleno de adrenalina.» — San Francisco Chronicle

«Ao contrário dos romances anteriores, A estrada subterrânea e Os rapazes de Nickel, dedicados a temas sérios como a escravatura e o sistema de justiça juvenil, Ao ritmo do Harlem é uma folia desenfreada e cativante. No entanto, também aqui o autor dá voz à devastadora desigualdade histórica que separa negros e brancos na Nova Iorque do século XX.» — The Independent

«Whitehead dá continuidade a uma longa linhagem de escritores negros que usam de modo subversivo o romance policial, expondo as hipocrisias da justiça, os falsos argumentos morais do capitalismo e o facto de a América ter tido origem num saque de que todos somos cúmplices.» — The Atlantic

Whitehead volta a mostrar que é um mestre da reinvenção.» — The Washington Post

Whitehead exercita aqui com vigor o seu músculo literário, alargando as expectativas sobre a literatura policial. Este é também um romance social, que questiona a natureza do preconceito e a forma como o lugar de onde vimos impõe limites ao nosso futuro. Ao ritmo do Harlem está construído como uma tragédia em três atos para investigar se Ray Carney conseguirá escapar à vida que lhe foi destinada sem que ele quisesse.» — The Observer

രചയിതാവിനെ കുറിച്ച്

Colson Whitehead nasceu em 1969, em Nova Iorque, cidade onde vive. Estudou em Harvard e começou por trabalhar no Village Voice, recenseando discos, filmes e livros. Foi finalista do Prémio PEN/Hemingway com o seu primeiro livro, The Intuitionist. Publicou vários romances e dois volumes de não-ficção, The Colossus of New York e The Noble Hustle. Foi finalista dos prémios Pulitzer, PEN/Oakland e PEN/Faulkner. Com A estrada subterrânea, venceu o Prémio Pulitzer, o National Book Award e a Carnegie Medal for Fiction, entre outras distinções. Este romance foi adaptado a série televisiva por Barry Jenkins, realizador que arrecadou um Óscar com o filme Moonlight. Whitehead venceu pela segunda vez o Prémio Pulitzer — feito raramente alcançado na história da literatura americana — com o romance Os rapazes de Nickel, distinguido ainda com o Prémio Kirkus e o Prémio Orwell para Ficção Política. Seguiu-se Ao ritmo do Harlem, distinguido como um dos melhores livros do ano pelo The New York Times, The Washington Post, The Boston Globe, e pela revista Time, entre outros. Tratado de vigaristas foi igualmente eleito como um dos melhores do ano por vários meios. Entre as instituições onde Colson Whitehead lecionou, encontram-se as universidades de Columbia, Princeton, Nova Iorque, Houston e Wesleyan, bem como o Brooklyn College. Foi distinguido com as bolsas Guggenheim, MacArthur e Cullman Center for Scholars and Writers. Em 2020, a Biblioteca do Congresso atribuiu-lhe o Prize for American Fiction.

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