O que aconteceu com o futebol alemão, que num período de dez anos viu sua seleção nacional e seu time mais representativo, o Bayern de Munique, se transformarem de verdadeiros arquétipos do pragmatismo em grandes referências para as tendências mais modernas e atraentes do jogo? Como foi que o gigante bávaro, que nos anos 1990 era temido pela estratégia de contragolpes e a linha de cinco defensores, mudou tão radicalmente de estilo a ponto de oferecer a Pep Guardiola o cargo de técnico? Que mudanças ocorreram nesse período, na estrutura e na mentalidade do futebol alemão, para que a transformação tivesse sido possível, e quem liderou essa revolução? E, além disso, o que é que a Alemanha e o Bayern atuais têm de suas versões mais famosas e tão vencedoras dos anos 1970? A recente ruptura recupera conceitos antigos ou constrói algo realmente novo, que nunca tinha sido visto na Alemanha? O jornalista Axel Torres e seu professor de alemão, André Schön, torcedor fervoroso do Bayern, começaram a se fazer essas perguntas nas aulas particulares do idioma e acabaram, quase sem se dar conta, iniciando um extenso processo investigativo. Compraram jogos antigos pela internet, pediram a um amigo que viajasse a um lugar esquecido no interior da Alemanha e falasse com pessoas que tinham vivenciado pessoalmente essa suposta revolução, e recuperaram artigos publicados na imprensa alemã da época. De todo esse processo nasceu este livro, cuja conclusão coincidiu com o triunfo alemão na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Como, por que e pelas mãos de quem o futebol alemão se reergueu? O pedaço mais fascinante dessa história é contado aqui.