O objetivo deste livro é ensaiar movimentos experimentais no rastro de Michel Foucault, quando o filósofo francês saiu às ruas de Teerã para ouvir o que as pessoas pensavam sobre o que acontecia no Irã e ficou conhecido no Ocidente como “Revolução Islâmica”. Transposto para o presente que nos cerca, nestes termos, com foco na pandemia de covid-19, o livro dá visibilidade a narrativas de sofrimento, ao medo do contágio e à paralisia que pode provocar, às mudanças no cotidiano com o isolamento, sem reduzir o acontecimento à versão das fontes oficiais, aos interesses econômicos e políticos em jogo e ao número de vítimas.