O box O essencial do estoicismo reúne as principais obras de três prodigiosos pensadores, as quais mudaram o mundo e se tornaram clássicos atemporais.
Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio ajudaram a fundar e difundir uma escola filosófica amplamente estudada e repercutida no mundo hoje. Extrapolando o círculo de estudiosos e acadêmicos, o estoicismo tem se mostrado de grande valor para quem deseja viver a bela aventura da vida de outra forma, sob diferentes perspectivas – e de uma maneira mais feliz.
Epicteto (c. 55-135) foi um professor e filósofo greco-romano. Originalmente um escravo de Hierápolis, na Anatólia (atual Turquia), ele foi propriedade por um tempo de um homem liberto proeminente na corte do imperador Nero. Depois de obter a liberdade, mudou-se para Nicópolis, na costa do Adriático, na Grécia, e lá abriu uma escola de filosofia. Suas palestras informais (Discursos) foram transcritas e publicadas por seu aluno Arriano, que também compôs um resumo dos ensinamentos de Epicteto conhecido como Manual (ou Enchiridion).
Lúcio Aneu Sêneca (4 a.C.-65 d.C.), estadista, filósofo, advogado e homem de letras, nasceu em Córdoba, na Espanha, por volta de 4 a.C. Ele ganhou destaque em Roma, seguindo carreira nos tribunais e na vida política, para a qual foi treinado, ao mesmo tempo que adquiriu celebridade como autor de tragédias e ensaios. Caindo em conflito com sucessivos imperadores (Calígula em 39 d.C. e Cláudio em 41 d.C.), passou oito anos no exílio, supostamente por um caso com a irmã de Calígula. Chamado de volta em 49 d.C., foi nomeado pretor e tutor do menino que se tornaria, em 54 d.C., o imperador Nero.
Aposentando-se da vida pública, dedicou seus últimos três anos à filosofia e à escrita, especialmente às Cartas a Lucílio. Em 65 d.C, após a descoberta de uma conspiração contra o imperador, na qual se pensava que ele estava implicado, ele e muitos outros foram obrigados por Nero a cometer suicídio.
Marco Aurélio (121-180) nasceu em Roma em uma família aristocrata. Seu nome era Marco Ânio Vero, que manteve até ser adotado por seu tio Antonino Pio, que tornou o jovem Marco herdeiro do trono do Império Romano.
No ano de 161, Marco ascendeu ao poder e estabeleceu que seu irmão adotivo Lúcio Aurélio Vero ocuparia o posto de coimperador. Os irmãos governaram Roma juntos até a morte de Lúcio no ano de 169. Embora Marco Aurélio tenha sido treinado na filosofia estoica por Marco Cornélio Frontão e buscado governar junto aos preceitos do estoicismo, seu reinado enfrentou conflitos incessantes. Apesar desses problemas constantes, Marco Aurélio buscou melhorar a vida dos cidadãos de Roma e, também, dos que moravam longe da região da cidade. Ele é conhecido como o último dos cinco bons imperadores e, com frequência, colocou os desejos do povo acima de seus próprios desejos ou glória.