Os negĂłcios polĂ©micos. As vĂĄrias crises. As ligaçÔes polĂticas. Como a Caixa Geral de DepĂłsitos deixou de ser um impĂ©rio.A empresĂĄria Isabel dos Santos desce, sorridente, as escadas. Vem com um bloco nas mĂŁos. EstĂĄ lĂĄ inscrita a insĂgnia Zon Optimus. Uma realidade sĂł possĂvel porque a Caixa Geral de DepĂłsitos deu um contributo decisivo para a operação que lhe deu origem. A Zon Optimus, antiga PT MultimĂ©dia e actualmente denominada Nos, Ă© apenas um dos exemplos do peso do banco pĂșblico na vida empresarial nacional. A Caixa teve uma palavra a dizer, muitas vezes determinante, nas vidas da PT, da Galp e da Cimpor e tambĂ©m de outras empresas mais pequenas, como a Compal e a Inapa. A Caixa tambĂ©m teve um papel preponderante na banca: foi chamada a gerir o Banco PortuguĂȘs de NegĂłcios, mas tambĂ©m teve de auxiliar outras instituiçÔes financeiras. Esteve, quase, para ajudar o Banif e recusou auxiliar o Grupo EspĂrito Santo. Pelo contrĂĄrio, no passado, foi um elemento estabilizador quando o Grupo Champalimaud e o BCP venderam as suas participaçÔes no sector segurador. Este livro tenta fazer um percurso dos Ășltimos anos de vida da Caixa e da influĂȘncia que teve no paĂs. Como foi sendo feito esse caminho, como vive um banco muitas vezes transformado em arma de arremesso polĂtica e como sobrevive com a espada da privatização sempre pronta a cair sĂŁo aspectos que palmilham estas pĂĄginas.