Xá-ku-nóis: Sobre cooperação, confiança e mudança

Conheci o Clóvis em 2008, quando o contratamos para ministrar uma palestra sobre Ética, numa convenção em Florianópolis. Ao chegar ao local do evento, tinha em mãos apenas uma pequena bolsa, tipo nécessaire. Questionei-o se teria um pen drive com a sua apresentação e ele prontamente respondeu: “a minha apresentação sou eu e só preciso mesmo de um mi¬crofone e de uma garrafa d’água”. Me encantei por aquele sujeito, que faria uma palestra de encerramento, para aproximadamente 800 participantes, sem nenhum apoio midiático. Eu estava certo.

São mais de 13 anos de relacionamento e amizade. Sempre nos debruçando numa constante permuta de conhecimentos. Ele me ensina Filosofia, Moral e Ética; enquanto eu lhe transmito experiências sobre Cooperação, Cooperativismo e Cooperativa.

Os tempos eram os do princípio do século. A vida acadêmica começava a arrefecer seu tônus em proveito de outra. A de palestrante. Mercado concorrido e clientes disputados a arranhões e muita mordedura. Alguns nomes estabelecidos ocupavam com talento todos os espaços. Para os contratantes, nunca houve margem de erro, nem de risco. Melhor chamar os já testados.

Nesse mesmo tempo, Geraldo Trindade já brilhava na Unimed de Santa Catarina. Sem o receio de quase todos, decidiu arriscar. Inovar. Fazer diferente. Contratou um tal de Clóvis. Que não era o mágico. Um que se exalta muito. E fala da vida que vale a pena. Foi o suficiente para o primeiro encontro.

E o cliente virou amigo.

Com sua sincera e eterna gratidão.