O que o digital poder oferecer como novas possibilidades à leitura, à escrita e à publicação? Como os livros escritos, produzidos, distribuídos e lidos de forma digital — livres de restrições de estoque, ponto de venda, matérias-primas e território — afetam (contribuem ou ameaçam, de acordo com o ponto de vista) nossa relação com o texto, a produção e a difusão da cultura? E quais as implicações — econômicas, sociais e morais — do digital na cadeia produtiva do livro e na reconfiguração de seus agentes: autores, editores, livreiros, bibliotecários, professores? Em 10 ensaios, profissionais da palavra, entre autores, livreiros e editores, comentam sobre as transformações pelas quais estamos passando e apontam tendências, oportunidades (e riscos) para as novas formas como iremos escrever, disseminar e ler nossas ideias. Da redefinição do papel do bibliotecário na era da informação imediata às novas plataformas para a criação literária; da relação das livrarias com o produto digital à pirataria de textos e à dissipação da autoria individual — análise, reflexão e considerações práticas feitas por quem vive pela palavra escrita, para um futuro que já chegou.