Depois do futuro

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O autor repassa as vanguardas do sÃĐculo XX para mostrar como o futuro, atÃĐ os anos 1970, era visto com esperança e confiança. O progresso como uma linha evolutiva para um mundo melhor, com mais conhecimento e tecnologia, se mostrou uma fantasia. Em vez de promissor e brilhante, o porvir que aguarda as novas geraçÃĩes nascidas em berço digital, precarizadas e altamente conectadas, ÃĐ incerto e amedrontador. Articulando referÊncias culturais de arte, cinema e literatura e pensamento crítico, o filÃģsofo e ativista italiano Franco "Bifo" Berardi, veterano do Maio de 1968, passa pelo Manifesto Futurista, pelo movimento punk do anos 1970 e pela revoluçÃĢo digital dos anos 1990 para concluir algo sobre o presente: somos incapazes de conceber o que ainda estÃĄ por vir.

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Graduado em estÃĐtica pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Bolonha. Militante desde a adolescÊncia, Bifo passou pela Juventude Comunista, foi uma figura de destaque no Potere Operaio [Poder operÃĄrio] durante o Maio de 1968, e atuou no movimento anarcossindicalista italiano nos anos 1970. Fundou a revista A/traverso (1975–1981) e fez parte da equipe da rÃĄdio Alice, a primeira rÃĄdio livre da ItÃĄlia (1976–1978). Junto com Antonio Negri e outros intelectuais envolvidos no Movimento Autonomista italiano, exilou-se em Paris. LÃĄ, trabalhou com FÃĐlix Guattari no campo da esquizoanÃĄlise e frequentou os seminÃĄrios de Michel Foucault. Nos anos 1980, contribuiu com revistas como Semiotext(e) (Nova York), ChimÃĻres (Paris), Metropoli (Roma), Musica 80 (MilÃĢo) e ArchipiÃĐlago (Barcelona). Em 1992, ajudou a fundar a revista DeriveApprodi e, em 1997, a editora homÃīnima, com um catÃĄlogo em torno de temas políticos. Foi professor de Teoria da Mídia na Accademia di Belle Arti, em MilÃĢo, no Programa d'Estudis Independents, em Barcelona, e no Institute for Doctoral Studies in Visual Arts.

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