Nunca havia pensado dessa forma. Porém, a compreensão espírita não permite outra interpretação, Deus é o criador originário de tudo e tudo só existe com sua permissão! Impossível conciliar a visão espírita de Deus com minha visão materialista e medieval do Criador do universo. Tratamos aqui de um conflito inconciliável entre uma definição limitadíssima e até equivocada de Deus e uma compreensão sábia do Criador. Ante esse choque, uma longa estrada se abriu para mim. Nela, curvas difíceis, subidas íngremes, trechos estreitos e mal pavimentados: é a estrada de saída de minha concepção estreita de Deus. Sem a codificação, não acredito que conseguiria percorrê-la com alguma segurança.
A Cabala ensina que a mais importante de todas as questões, sem nenhuma comparação possível, é Deus, porque Deus não é uma ideia humana, mas os seres humanos são uma ideia de Deus. Nós somos uma concepção de Deus. O que isso implica? Nós nos definimos, decidimos quem somos e seremos, ao definirmos, conscientes ou não, nossa relação com Deus. Por exemplo, é frequente que pessoas que sofreram grandes traumas, ainda não superados, tornarem-se ateias. É uma forma de negar a vida. Não mais querer viver para não sofrer. Qualquer acontecimento significativo em nossa vida nos induz a rever nossa relação com o Pai, à medida que conseguimos nos conduzir de forma consciente nesse processo, abrimos a possibilidade de uma compreensão intelectual e emocional superior da vida.
Grupo Marcos é um grupo de amigos: encarnados e desencarnados, jovens e adultos, estudiosos e aprendizes, que se propõe a ser uma união de laços cristãos.
O nome Marcos - o nome-símbolo do grupo - é em homenagem a uma encarnação de Eurípedes Barsanulfo, nosso dirigente espiritual, que ocorreu à época do Cristo.
Marcos foi um essênio que se tornou verdadeiro cristão. Essa história você pode conhecer no livro A Grande Espera, da Editora IDE (Instituto de Difusão Espírita).