"Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho
Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de
vista e de chapΓ©u. Cumprimentou-me, sentou-se ao pΓ© de mim, falou da lua e dos
ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode
ser que nΓ£o fossem inteiramente maus. Sucedeu, porΓ©m, que, como eu estava
cansado, fechei os olhos trΓͺs ou quatro vezes; tanto bastou para que ele
interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso."