Nascida no dia 25 de setembro de 1952 em Hopkinsville, uma pequena cidade localizada no estado do Kentucky, Estados Unidos, Gloria Jean Watkins, conhecida mundialmente pelo pseudônimo bell hooks – em homenagem à sua bisavó, Bell Blair Hooks, e como uma forma de exaltar a ancestralidade – foi uma educadora, escritora, crítica cultural e ativista que denunciou as desigualdades de raça, gênero e classe, além de trazer em seus escritos questões como amor e espiritualidade. Autora de diversos artigos e livros, dentre os quais Ensinando a transgredir – Educação como prática da liberdade, publicado pela WMF Martins Fontes, hooks tornou-se uma das vozes mais relevantes em temas como pedagogia crítica, feminismo negro, práticas antirracistas, emancipação intelectual e justiça social. Nascido em Kingston, Jamaica, em 3 de fevereiro de 1932, cresceu em um lar de classe média, com razoável capital cultural e conforto financeiro. O pai, Herman Hall, rompeu barreiras ao se tornar chefe do setor de contabilidade da United Fruit Company, multinacional que representava os interesses dos Estados Unidos em países da América Central e Caribe, e a mãe, Jessie, possuía ancestrais escoceses, africanos e judeus oriundos de Portugal. O hibridismo cultural de certa forma se fazia presente, mas, com os conflitos raciais no país caribenho, Hall aproveitou a obtenção da prestigiada bolsa Rhodes, de Oxford, e foi estudar no Merton College. Era o início de uma trajetória que o situaria como um dos maiores intelectuais da segunda metade do século XX. Stuart Hall faleceu em 10 de fevereiro de 2014, em Londres, Reino Unido.