Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
Plano Nacional de Leitura
Literatura - Maiores de 18 anos
Última obra de grande fôlego de Tolstoi, publicada postumamente em 1912, Khadji-Murat é uma história de luta e vingança. A história trágica e sublime de um famoso chefe guerreiro tchetcheno que decide abandonar os seus companheiros na guerra obstinada que opõe estes montanheses ao império do Czar e, para reivindicar a sua própria liberdade, se alia ao inimigo russo. Uma escolha sem retorno, que o fará ser repudiado tanto por amigos como por inimigos.
No seu estilo inconfundível, Tolstoi descreve os lugares e as paisagens do Cáucaso, um mundo inocente e violento, que conhecera de perto na sua juventude - combatera na guerra que opôs populações locais ao Império Russo aquando da anexação da Tchetchénia e do Daguestão - realçando o simbolismo dos destinos individuais. Uma obra que captou a imaginação de gerações de leitores e que não perdeu a sua actualidade, fazendo ainda luz sobre a cruenta história contemporânea.
Tradução do russo de Olga Sololova.
Os elogios da crítica:
«Aquela que considero a melhor história do mundo, ou pelo menos a melhor que li até hoje.»
Harold Bloom
«Último livro escrito por Tolstoi, Khadji-Murat descreve o infortúnio de um povo a partir do mito de um homem. Uma obra-prima.»
João Bonifácio, Público
Lev Tolstoi é o pseudónimo de Lev Nikolayevich, Conde Tolstoi (1828-1910). Autor de obras intemporais como Guerra e Paz, Anna Karénina, A Morte de Ivan Ilitch ou A Sonata de Kreutzer, é um dos maiores romancistas russos do século xx e um dos escritores mais lidos do mundo. Originário de uma antiga família nobre de província, estudou Direito e Línguas Orientais. Em 1851, alistou-se num regimento de cavalaria em operações no Cáucaso. Nos anos seguintes, inicioua sua carreira literária publicando a trilogia autobiográfica Infância (1852), Adolescência (1854) e Juventude (1856). Depois da guerra da Crimeia, viajou pela Europa onde se inteirou sobre as mais inovadoras teorias da educação. Regressou à sua aldeia natal, onde abriu uma escola para crianças camponesas. Defendeu, em vários ensaios, que na educação residia a chave para a evolução humana. Durante esse período escreveu as suas maiores obras. Naquela época, a sua popularidade rivalizava já com a do Czar. No final da sua vida, Tolstoi escreveu inúmeros ensaios sobre reformas necessárias à sociedade russa e à Igreja Ortodoxa, que lhe valeram a excomunhão. Morreu de pneumonia em 1910.