Mary Shelley, nasceu em Londres, em 1797, filha de dois dos escritores mais radicais da época: William Godwin, utópico anarquista, e a feminista Mary Wollstonecraft, que morreu devido a complicações no parto. Depois de uma infância difícil com uma madrasta exigente, ela deixou sua casa aos 17 anos, com um dos colaboradores de seu pai, o poeta Percy Bysshe Shelley. Os dois se casaram logo após o suicídio da esposa de Percy, dois anos depois. O casamento foi infeliz, tumultuado pelos relacionamentos sexuais abertos "utópicos" de Percy Shelley e assombrado pelas mortes prematuras de três de seus quatro filhos. Aos 19 anos, em 1816, ao visitar Lord Byron com Percy, no Lago Genebra, os três se desafiaram a escrever uma história de terror. O resultado foi o romance de Mary Frankenstein, que seria publicado em 1818, se tornaria um sucesso popular instantâneo, e teria seu personagem principal transformado em um mito na literatura universal. Quatro anos mais tarde seu marido se afogou em um acidente de barco. Mary Shelley criou o filho com dificuldades, recebendo uma pensão anual de seu sogro, Sir Timothy Shelley, que se recusou a conhecê-la. Em 1944, com a morte do avô, o filho de Mary e Percy Shelley herda suas propriedades e Mary passa a ter uma situação financeira confortável. Ela nunca se casou de novo, mas continuou como escritora de sucesso até sua morte, em Londres, em 1851.