Maud Martha Brown é uma menina negra que cresceu no South Side de Chicago, na década de 1940. Ela sonha com Nova York, um romance e seu futuro. Ela adora dentes-de-leão, aprende a tomar café, apaixona-se, decora sua cozinha, visita o Jungly Hovel, estripa uma galinha, compra chapéus, dá à luz. Mas seu marido de pele mais clara também tem sonhos: quer entrar para o Foxy Cats Club, deseja outras mulheres, fantasia com a guerra. No passar do tempo, "fragmentos de um ódio confuso" estão sempre presentes: a forma como uma vendedora a tratou; uma ida ao cinema; a crueldade que sofre em uma loja de departamentos.
A partir de breves vinhetas, Gwendolyn Brooks constrói um retrato extraordinário de uma vida comum, marcada por sabedoria, humor, raiva, dignidade e alegria. Publicado pela primeira vez em 1953 e inédito no Brasil, o livro inclui um prefácio de Margo Jefferson, que destaca a capacidade da protagonista de reivindicar seus próprios direitos e liberdades através da imaginação.
"Quero que todos leiam este tesouro literário perdido." — Bernardine Evaristo
"Maud Martha encontra beleza nos momentos brutais que nos tornam quem somos." — Raven Leilani
"Nas mãos de uma das escritoras fundamentais dos Estados Unidos, o cotidiano é alçado a um retrato esplêndido da experiência de mulheres negras." — Claudia Rankine
GWENDOLYN BROOKS (1917-2000) foi poeta, escritora, educadora e ativista de direitos civis. Sua primeira coletânea de poemas, A Street in Bronzeville (1945), foi recebida com sucesso pela crítica e lhe rendeu uma bolsa Guggenheim. Com Annie Allen (1949), tornou-se a primeira escritora negra a ganhar o prêmio Pulitzer. Também escreveu livros infantis, dois volumes autobiográficos e um único romance, Maud Martha (1953). Foi professora na Universidade Estadual de Chicago de 1990 até sua morte.