Mulher Feita e Outros Contos

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Como podemos comparar um homem que deixou de ser escritor para se dedicar ao ofício de mecÃĸnico com uma mulher que viaja em um trem de Berlim para Munique enquanto observa outra passageira comer um ovo, e ainda, com uma menina que nÃŖo aceita o fato de nÃŖo ser notada por um colega de classe? Como esses e outros personagens tÃŖo diversos podem confluir? Aparentemente, nÃŖo hÃĄ nada que nos faça pensar que histÃŗrias tÃŖo banais possam se interligar, mas, nos dez textos de Mulher feita e outros contos, Marilene Felinto usa a simplicidade cotidiana para mostrar ao leitor que a complexidade da vida estÃĄ ligada de modo íntimo ao ordinÃĄrio. A certa altura, uma senhora se surpreende ao ser questionada por uma jovem a respeito de formigas tanajuras servidas como iguarias no interior do país. Aquela pergunta tÃŖo singela, sobre algo tÃŖo prosaico, recria "na memÃŗria da velha senhora o alarido de crianças e adultos, a gritaria, a correria alegre de gente abatendo com redes finas e pedaços de pano as tanajuras que esvoaçavam baixo, voando e revoando em nuvens, enxames pretos, cheias de asas, sobre as cabeças das pessoas". De uma conversa quase retÃŗrica em uma mesa de cafÊ da manhÃŖ, Marilene Felinto revolve ÃĄreas hÃĄ muito desativadas da memÃŗria social, apresenta um choque de geraçÃĩes e, consequentemente, carrega o leitor ao mais profundo dos Brasis. Nesta volta da consagrada autora de As mulheres de Tijucopapo ao conto, as confluÃĒncias e separaçÃĩes acontecem ao acaso, de forma leve, mas impactante. O leitor que mergulhar nesse microcosmo sairÃĄ dele com a sensaçÃŖo de que se encontrou com um amigo, com a infÃĸncia, ou a prÃŗpria velhice, como se um pouco de cada um de nÃŗs estivesse descrito nas linhas desse livro. Mulher feita e outros contos Ê uma reuniÃŖo desse tipo de acontecimento, com personagens majoritariamente femininas que nos permitem refletir sobre a inconstÃĸncia dos dias, como se fosse "um comentÃĄrio qualquer desses, do lugar da nossa arrogÃĸncia inÃētil" que nos faz rir "feito adolescentes sem compromisso". SÃŖo as linhas que costuram os nossos dias, os traços que, como desenhos imperfeitos, atingem a beleza que buscamos no comum.

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Nascida em Recife em 1957, Marilene Felinto Ê formada em Letras pela USP e mestra em psicologia clínica pela PUC-SP. Tem dez livros publicados, entre eles As mulheres de Tijucopapo (Ubu, 2021), vencedor do prÃĒmio Jabuti na categoria de autor revelaçÃŖo. É tradutora de autores como Ralph Ellison, Virginia Woolf, Edgar Allan Poe, Malcolm X e Hilton Als.

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