Poemas Da Guerra De Inverno

· Clube de Autores
5.0
3条评价
电子书
102
符合条件
评分和评价未经验证  了解详情

关于此电子书

Os poemas aqui reunidos foram escritos sob a égide existencialista, à sombra ou estranha luz de uma profunda percepção da Queda, e a angústia inolvidável que a condição humana (angústia que numa guerra é holisticamente potencializada ao seu nível máximo – e eis daí meu interesse na guerra máxima) influi em cada uma de suas partes, cada um de nós. Tudo é vaidade, diz o Eclesiastes, tudo é dor, diz Schopenhauer: resta ao homem caído o único escape que é Cristo, e Cristo é Tudo por ser a única coisa anti-dor que jamais existiu em nossa Realidade pós-Queda: do Absurdo o escape, Porta e Única Porta para devolver ao homem/Universo o estado de Graça primordial. O pano de fundo aqui, como dito, é a Guerra, diluída narrativamente em diversas (no tempo e no espaço) guerras já travadas; a grande maioria dos poemas fala na primeira pessoa, e a persona é o soldado, ou melhor, o soldado-vítima, pois o que combate em meio a tanta dor, retroalimentando-a, é ele próprio as primícias das vítimas do caos. Um dos títulos para esta pequena série de poemas seria mesmo Poemas de Soldados Mortos, mas declinei, pois nem todos conseguem aqui escapar pela morte. Datas e locais foram afixados na maioria dos poemas; mas fora os três primeiros textos que abrem o livro, evitei estender-me em notas explicativas sobre os demais. Sei que seriam necessárias. Mas isto demandaria tempo e espaço, e temos hoje ao alcance de um clique tudo o que o Google e a Wikipédia podem oferecer. Dividi o livro em duas partes, Omnia Funera (‘Todas as Mortes’), com os poemas ambientados na Segunda Guerra Mundial; e Omnia Fragmenta (‘Todos os Fragmentos’), com os demais textos. Nestes, estamos num momento encurralados em Diu, a fortaleza portuguesa encravada durante séculos na Índia; somos em seguida um samurai ferido num palácio em chamas do Japão feudal, absorto entre ser ou não ser; caímos numa estrebaria imunda na imunda Guerra do Paraguai, ou escapamos do Vietnã durante a Queda de Saigon (ou a Libertação, pois como qualquer poema, depende tudo do coração de quem lê); somos um cão humano marchando para a corte de Luís XVI, ou um soldado solitário de Esparta a profetizar sobre coisas que desconhece... Textos sobre a angústia de facear a Morte de tão perto, a ponto de irmaná-la, textos sobre quase a desesperança - ou a esperança espectral, reduzida ao seu mínimo élan vital... Dor Maior? Ou talvez esses poemas falem apenas sobre uma outra coisa, dor menor, mais ínfima, mais pessoal? É o poeta sempre cada um desses personagens? Que importa? Quem se importa? Publicado em formato de livro eletrônico em meados de 2012, a primeira edição deste livro já surgiu com duas ausências, um poema (Thor Odinson) que havia ficado perdido e inacabado na pasta de rascunhos de meu celular, e o pequeno Batalha de Guadalcanal (publicado posteriormente em meu livro DEUS AMANHECER). Somados a outros poemas escritos no período imediatamente posterior à primeira edição, poemas de fundo marcial, viciados pelo mesmo élan existencialista dos demais, me pareceu oportuno publicar esta segunda edição revista e acrescida, acatando sugestão que primeiramente partiu de meu amigo poeta, Francisco Carlos Machado. E agora, na forma de livro impresso. Os novos poemas enxertados no corpus desta dor: Thor Odinson, Batalha de Guadalcanal, Enterrem meu coração na curva do rio, A Morte do Berserker; três poemas de um pequeno ciclo ulisseano, Odisseu: Aproximações, Hino Combatente e Bloomsday Confraria (todos já publicados em blogs e redes sociais); E ainda os textos inéditos: Grande Guerra Patriótica – Poslúdio: A Morte do Camarada Arkhady, Legio Patria Nostra e Carta do Pracinha Dirceu para a jovem Marília.

评分和评价

5.0
3条评价

为此电子书评分

欢迎向我们提供反馈意见。

如何阅读

智能手机和平板电脑
只要安装 AndroidiPad/iPhone 版的 Google Play 图书应用,不仅应用内容会自动与您的账号同步,还能让您随时随地在线或离线阅览图书。
笔记本电脑和台式机
您可以使用计算机的网络浏览器聆听您在 Google Play 购买的有声读物。
电子阅读器和其他设备
如果要在 Kobo 电子阅读器等电子墨水屏设备上阅读,您需要下载一个文件,并将其传输到相应设备上。若要将文件传输到受支持的电子阅读器上,请按帮助中心内的详细说明操作。