Regras para a direção da mente
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“Descartes foi o primeiro a trazer à luz a ideia de uma ciência transcendental, que deve conter um sistema de conhecimento das condições de possibilidade de todo o conhecimento.” - Kant Uma nova tradução de 2024 diretamente dos manuscritos originais para inglês da famosa obra de Descartes “Rules for the Diretion of the Mind”. A edição contém uma cronologia da vida e obra de Descartes, um glossário da terminologia cartesiana e um posfácio do tradutor que explica o significado das contribuições de Descartes para a filosofia e ciência modernas, particularmente o seu método de ceticismo e racionalismo. O foco de Descartes no raciocínio claro e lógico é uma marca da sua filosofia, e a sua influência em domínios como a matemática e a física é profunda, com o seu trabalho a lançar as bases para avanços científicos posteriores. Aqui, Descartes apresenta um método para abordar problemas e procurar conhecimento. A importância desta obra reside no facto de ter estabelecido o método científico como forma de investigar o mundo e de ter tido uma influência significativa no desenvolvimento da ciência moderna. Esta obra é um dos textos fundamentais da filosofia ocidental, segundo Nietzsche e Schopenhauer. Escrito por volta de 1628, mas não publicado durante a sua vida, Regras para a Direção da Mente de Descartes (por vezes traduzido por Disciplina Cartesiana) é um importante trabalho inicial que descreve a sua abordagem ao conhecimento e à investigação científica. Neste tratado, Descartes apresenta 21 regras destinadas a orientar a mente para a verdade através de um método estruturado de raciocínio. Embora incompleto, este tratado lançou as bases para o desenvolvimento posterior do método cartesiano, que enfatizava a clareza, a dedução lógica e a importância de começar com verdades evidentes. A obra foi fortemente influenciada pela matemática, que Descartes admirava pela sua certeza e precisão. O seu objetivo central era encontrar um método que pudesse aplicar o mesmo nível de rigor a todas as áreas do conhecimento humano, e não apenas à matemática. As Regras destacam também a rutura de Descartes com a escolástica e o seu desejo de rejeitar os métodos tradicionais de investigação baseados na autoridade e em textos antigos. Defende o uso direto da razão e da intuição, exortando o pensador a descartar a complexidade desnecessária e a concentrar-se em ideias simples e claras que possam ser desenvolvidas. Esta obra é importante porque marca o início do desenvolvimento do ceticismo metodológico de Descartes, que mais tarde viria a aperfeiçoar no seu famoso “cogito, ergo sum” (penso, logo existo) nas Meditações. As Regras representam uma fase de transição no pensamento de Descartes, fazendo a ponte entre o humanismo renascentista e a filosofia sistemática e analítica que viria a ser pioneira na era moderna.
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