Robinson Crusoe
2021. g. nov. · Ubu Editora
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Nova edição enfoca o caráter de clássico universal e alegoria do homem só numa ilha deserta. Além de textos canônicos de J. M. Coetzee, de Virginia Woolf, de James Joyce, de Karl Marx, de Jean-Jacques Rousseau, um ensaio da professora titular de literatura inglesa da FFLCH-USP Sandra Guardini Vasconcelos sobre o episódio da escravização no Brasil, que tem um papel relevante no livro. Os desenhos são do artista plástico argentino Nicolás Robbio. A tradução é do poeta Leonardo Fróes. O projeto gráfico, assinado por Elaine Ramos, faz com que as páginas do livro, a princípio cinzas, se tornem progressivamente mais brancas, acompanhando a passagem do tempo até o desfecho da trama. Robinson Crusoe é um inglês da cidade de York no século XVII. Contrariando o desejo da família de que ele estudasse Direito, o rapaz decide dedicar sua vida a navegar em busca de aventuras. Uma série de eventos o levam ao Brasil, onde ele passa a coordenar o esquema de plantation de uma fazenda. Interessado no lucro proveniente do comércio de escravos, ele embarca em uma expedição de coleta até o sul da África, mas o navio naufraga próximo a Trindade e Tobago. Crusoe se descobre o único sobrevivente do acidente, em uma ilha deserta, que ele apelida de Ilha do Desespero. O náufrago se adapta à sua situação, construindo uma casa no topo de uma árvore, caçando animais, criando um rebanho de cabras e plantando arroz e trigo. Determinado a deixar a ilha, ele também se empenha na construção de canoas, sem sucesso. Certo dia, ele encontra uma tribo de canibais e ajuda um de seus prisioneiros a escapar, um indígena que Crusoe apelida de Sexta-Feira e passa a escravizar. Alguns anos mais tarde, piratas desembarcam na ilha, o que dá início a um grande conflito. A ficção foi tomada como primeira imagem da noção de individualismo moderno.
Par autoru
Daniel Defoe nasceu em Londres, em 1660, e é considerado por muitos o primeiro romancista de fato, com grande influência no desenvolvimento do romance inglês. Filho de um pequeno comerciante e membro de uma família dissidente da Igreja Anglicana, quando novo pensou em investir na carreira eclesiástica, mas logo mudou de ideia. Por volta de 1683, ele decidiu se tornar comerciante e viajou muito pela Europa, mas não obteve muito êxito na profissão e por isso migrou para outra: a de jornalista. Escreveu numerosos panfletos e foi encarcerado em diversas ocasiões por motivos políticos – e também dívidas. Em 1704, fundou o jornal The Review, de tendência conservadora. Em 1719, publica Robinson Crusoe, atinge celebridade internacional como romancista e resolve se retirar da vida pública para dedicar-se à literatura. Apesar da vida turbulenta, foi um escritor muito prolífico, escrevendo cerca de quinhentos livros.
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