O livro Apenas a escola, por quê? coloca em questão conceitos-chave e caros para a sociedade moderna, sobretudo quando indaga sobre educação, escola, e demais instituições. Ainda que, num primeiro momento, educação e escola possam parecer uma única e mesma coisa, João Arruda aponta que elas são distintas entre si e, se algo as aproxima e une, é o controle que querem e exercem sobre os indivíduos e suas subjetividades, impedindo-os de se manifestarem. A homogeneidade de pensamento e ação — por elas desejada — é a garantia de seu sucesso, ainda que para isso os indivíduos estejam obrigados a frequentá-la. O questionamento, em face à denúncia dos objetivos das instituições sociais, resulta implicitamente no anúncio problematizador à educação das novas gerações: qual a possibilidade de a escola e a educação desenvolverem a autossuficiência intelectual dos sujeitos, a partir do caráter controlador que lhes é próprio? É desejo da escola, é desejo da educação, e é desejo da sociedade moderna que os sujeitos se tornem autossuficientes intelectualmente?