Eis o poema da minha mocidade: são os únicos versos que conservo desse
tempo, em que nada neste mundo deixava para mim de respirar poesia. Se
hoje me dissessem: faz um poema de quinhentos versos acerca da Semana
Santa, eu olharia ao primeiro aspecto esta proposição como um absurdo:
entretanto, eu mesmo há nove anos realizei esse absurdo. Não é esta a
primeira das minhas contradições, e espero em Deus, e na minha sincera
consciência, que não seja a última.