Resultado de um longo trabalho de dez anos de pesquisa, 1808 narra a chegada da família real ao Rio de Janeiro, acossada pelas tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte.
Nunca algo semelhante havia acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas haviam sido destronados ou obrigados a se refugiar em territórios alheios, mas nenhum deles foi tão longe quanto o príncipe regente Dom João VI, forçado a cruzar um oceano com toda a família real portuguesa para viver e reinar do outro lado do mundo, enquanto as tropas de Napoleão marchavam sobre Lisboa.
Antes da chegada da família real, o Brasil funcionava apenas como uma colônia de exploração que fornecia riquezas para os portugueses. As províncias brasileiras não se comunicavam entre si, era proibida a publicação de jornais e a expressão de opiniões contrárias às decisões de Portugal.
Ao chegar ao país, Dom João determinou, entre outras medidas, a abertura dos portos, fundou escolas, mandou construir estradas e fábricas, autorizou a publicação de livros e jornais, incentivou a ciência e as artes, dando maior autonomia ao Brasil.
Esta edição de 1808 conta com um capítulo inédito com informações até hoje pouco conhecidas a respeito da criação do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, que completou duzentos anos em 2015 e colocou um ponto final no período colonial brasileiro, dando início, de fato, ao processo de independência do país.